Picture SNOWSHOEING IN SANTA FE (NEW MEXICO, USA, March 2010)

Vicky Mundo Afora ou Mundoafora? Nao importa. É vida de imigrante. O mundo eh tao grande. Por que deveria passar minha vida inteira no Rio de Janeiro? Preciso viver e falar outras linguas, viver com e como outras pessoas. Um dia eu volto. Para onde? Ora, para casa. Onde eh casa mesmo?



Picture credits on this blog go to my lovely husband, who has never enough of beautiful and interesting views all over the world. If a picture is not his, it will be linked to its original source.

Pesquisar este blog

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dia de Repouso

Nada como preparar com antecedencia.  Fiz carne assada com batatas e arroz,

e empadinhas de queijo.


Deixei tudo na geladeira e ontem quando cheguei do hospital foi só esquentar e comer, sem me preocupar com sujeira na cozinha.  E o maridao lavou os pratos depois.  Dormi bastante, até passar todo o efeito da anestesia, e hoje nao estou sentindo dor nenhuma, só preciso fazer mais repouso.  O problema é que estou afim de comer um bolo e vou acabar levantando para fazer.  Laranja, nozes ou maca?

Adoro o orkut e suas receitas práticas!!!

***

domingo, 25 de julho de 2010

Fazendo Compras no Brasil e no Mundo

Nunca fui de comprar muitas roupas até porque sou muito "clássica", nao gosto muito de nada que nao possa usar por mais de uma estacao, nao compro mesmo.  E odeio experimentar.  Roupas descartáveis de Topshops e afins, nunca veem a cor do meu dinheiro - vagabundas e horrorosas, coisas que só para adolescentes mesmo.  E talvez por isso, sempre acabei gastando muito mais com cosméticos e sapatos do que com roupas.  A louca da bolsa eu também nunca fui, porque tenho horror de ficar trocando de bolsa todo dia, uso uma só por um tempao, mesmo tendo mais no armário.

Musa.  Quando crescer quero ser igual a ela.

Desde que comecei a ganhar meu próprio dinheiro que passei a ser muito mais seletiva no que compro, do tipo "nao compro sapato vagabundo só porque é bonitinho, prefiro um bom par a 10 vagabundos".  Quando voce comeca a funcionar assim, qualidade em lugar de quantidade, é meio desesperador porque voce nao pode ter muita coisa de repente, isso leva tempo.  Mas com o passar dos anos, voce vai colecionando um acervo bem interessante.  Fui para a Inglaterra a primeira vez com uma mochila só com roupas pretas, o resto veio depois, e meu armário no Brasil continuou cheio por um bom tempo.  Ao longo dos anos fui levando mais coisa, até que na Itália roubaram tudo o que eu tinha.  Voltei a estaca zero, e até hoje procuro por coisas que depois lembro que foram roubadas.  Enfim...

Sei que estou numa posicao privilegiada agora por morar fora, assim posso comparar várias coisas em lugares diferentes e decidir o que é melhor para mim.  No Brasil, pelo que leio nos vários blogs, as meninas ainda tem a ilusao, deslumbramento, de que tudo o que vem de fora é melhor.  Eu já impliquei com isso inúmeras vezes, sei que nao é bem assim, e em muitos casos, é exatamente o contrário.

Meu Karen Millen da festa de casamento no NM. Como é que eu nao consigo encontrar minha foto vestida com ele?
Comprar roupas no Brasil sempre foi um caos para mim pois tudo é feito para mulher sem peito e com bunda enorme - e eu nao me enquadro em nenhuma das duas descricoes.  Além de que no Brasil só vende uniforme, todo mundo se veste igual, vai a festas de vestido preto e as lojas só vendem a mesma coisa.  Caso voce queira algo diferente ou mais clássico, desiste.  Nao conseguia comprar nem as roupas que sao consideradas "básicas" em programas de estilo, elas nao existem para vender.  Já na Inglaterra, onde tudo é liberado, voce está mesmo livre para comprar só o que gosta e consegue encontrar o que veste bem para todos os biotipos.  Tinha as minhas lojas cativas, da qual sinto uma falta absurda pois nao existem aqui no cafundó dos judas onde moro hoje: Zara, para os básicos do dia-a-dia, Massimo Duti, a irma rica da Zara e a Karen Millen, onde qualquer coisa me serve sem fazer esforco, e sempre com a mesma numeracao.  Agora, sapatos, tirando a Itália em lojas mais caras, só dá para comprar no Brasil, e só compro da Arezzo e da Swans (nao entendi como nao apareceu no google, nem pelo endereco, sao os melhores sapatos do Rio, os mais bonitos e mais caros também).  Todos os que tentei comprar em outras lojas foram para o lixo (né, Antonella?).

Boots e Walgreens, comparar é piada de mau gosto
A respeito de produtos para a pele e maquiagem, posso comparar pouco.  Com o calor do Rio de Janeiro fica até ridículo alguém sair maquiado no verao, escorre tudo.  Em Niterói eu só usava protetor solar, pó e batom, talvez lápis e rímel também.  Quando cheguei em Londres, com o frio e o cinza, se voce nao usa maquiagem, voce literalmente desaparece.  Tem que ter uma cor no rosto.  E foi lá que adquiri esse hábito.  Entre os zilhoes de trabalhos que tive por lá, o mais "permanente" foi vendendo cosméticos por 5 ou 6 anos, quando conheci de tudo um pouco, principalmente minha pele, e cheguei ao privilégio de ter encontrado alguns produtos perfeitos para mim, depois de experimentar zilhoes.  Sempre de graca, claro - por isso tinha aquele emprego de "Consultora de Beleza" nas lojas de departamento.  Devo reconhecer que existe uma enome vantagem no exterior, quando voce quer comprar algo, pode experimentar antes, e levar amostras para casa para testar.  Quanta coisa eu só comprei depois de usar as amostras.

Agora eu chego aqui no deserto, um fim de mundo onde nao tem nada, e essa gente daqui só fala em compras.  Nao a toa esse é o país mais consumista e fútil do mundo, compram porque nao tem nada melhor para fazer.  É claro que dá uma dorzinha, mas ainda bem que vim de Londres com um estoque enorme de tudo o que preciso e ainda vao durar um bom tempo.   Aqui tudo custa MUITO mais caro.  Quem sabe até lá eu nao consigo voltar a Londres, ou passar uma temporada no Brasil com a minha mae?  Sonhar nao custa nada, e nem precisa ser carnaval.

***

Comecei o post para falar de uma coisa e descambei para outra completamente diferente.  Tudo bem, ninguém sabe do que ia falar mesmo, fica para o próximo.

***

sábado, 24 de julho de 2010

Empregos de Imigrante - Parte I

Quando a aventura comeca, tudo é festa!  Saí do Brasil com um endereco para procurar emprego como garconete num hotel de luxo, com indicacao e tudo.  Feliz da vida, depois de ter bons empregos no Brasil, em empresas sólidas e ganhando razoavelmente,  eu estava mesmo tirando férias da minha vida, partindo para uma viagem com a qual sempre sonhei.  Sempre achei o máximo relatos de pessoas que passaram um período fora e fizeram "bicos" para se virar.  Achei que as outras pessoas que fosse encontrar estariam na mesma condicao que eu, e de bem com a vida...

Cheguei em Londres na quarta a noite, e na quinta de manha eu já estava empregada, para comecar na segunda-feira.  Parece que gostaram de mim.  Mas, errr...  Vida de garconete nao é lá aquela aventura toda que eu estava esperando, nem as pessoas amigáveis, para muita gente aquilo ali era o único emprego possível e chegando "mais uma estrangeira" e falando ingles de cara (porque a maioria nao sabia era nada mesmo), e com uma educacao muito diferente dos que já estavam lá, bem, essa vida durou um mes, e eu dei gracas a Deus quando acabou.

The Lanesborough
Decidida a nao carregar mais bandejas, fui procurar outra coisa.  As outras brasileiras com as quais tive contato quando cheguei estavam todas nos cascos comigo: "como assim nao quer ser garconete? Por que voce pensa que é melhor do que a gente? Como é que voce já fala ingles? Nao pense que vai encontrar outra coisa nao".  E até a amiga com quem estava morando parou de falar comigo porque eu nao queria trabalhar de garconete.  Isso porque ela estava lá com um emprego "normal" de arquiteta, por ter passaporte italiano, e eu cheguei lá com visto de estudante, com limitacoes de trabalho atreladas ao meu visto, nao era qualquer lugar que aceitava um esquema de 20 horas/semana.  O porque dela ter ficado com tanta raiva por eu querer fazer outra coisa seria um outro post enorme, sobre um assunto completamente diferente.  Pena.

Depois do hotel, consegui um emprego de recepcionista numa churrascaria.  Foram 5 meses de escravidao, trabalhava 12horas/dia, em pé, sem direito a sentar, 15 minutos de descanso a tarde e 15 minutos a noite.  Para dar conta, ia ao banheiro mais vezes do que precisava e dava umas cochiladas de 3 minutos para reanimar.  E esqueci de dizer, trabalhando em churrascaria, mas sem direito a comer.  Também nao pagavam hora extra.  Nos meus dias de folga eu queria cortar meus pés fora, nao podia trabalhar de tenis, tinha um tailleur de uniforme e o sapato tinha que combinar.  Foi ali que conheci pela primeira vez o que eram varizes.  Todas as que eu tenho hoje, nasceram ali, naquela churrascaria.  Saía do emprego fedendo a grill, queria lavar o cabelo todas as noites, mas o cansaco me vencia quase sempre.  Ali eu resolvi, emprego que fede, nunca mais.

Gaucho Grill Canary Wharf

Naquele ponto eu já sentia muita falta das coisas de casa, do cabelereiro onde ia todas as semanas para fazer massagens, das manicures e pedicures, limpeza de pele, comida de casa...  Eu tinha que encontrar algum grau de normalidade e dar um jeito de arrumar uma grana com aquelas 20 horas.  Por algum motivo que nem eu mesma sei, voltar para o Brasil era fora de questao.  Era em Londres que eu queria viver, só que uma vida normal, e eu sabia que isso levaria tempo para acontecer.  E encontrei a solucao perfeita, dentro do que a minha situacao me permitia.  Dois empregos de 20 horas, um na livraria e outro no salao de beleza.

O bom é que na Inglaterra essas coisas sao comuns e dá para conciliar.  Eu trabalhava na livraria pela manha de terca a sábado, e no salao alguns dias variáveis na parte da tarde e da noite.  Beleza!  Salário fixo, férias, ambientes agradáveis e descontos em livros e tratamentos e produtos de beleza de graca!  O que mais eu poderia querer????

Já falei da livraria em posts antigos, ali eu fiquei 3 anos, até ir para a Itália pegar meus documentos.  Eu amava trabalhar com as freiras e, a bem da verdade, adorava quando as pessoas me confundiam com elas.  Até hoje sinto muita falta daquele ambiente, mas principalmente das Irmas Paulinas.

O salao de beleza também foi ótimo para eu ver que nunca precisaria gastar meu dinheiro com tratamentos nas maos de inglesas.  Elas nao sabem fazer nada e tem a parede coberta de diplomas exigidos por lei.  Eu tinha direito a dois tratamentos de graca por mes, mas sempre que entrava na salinha as meninas faziam alguma outra coisa ao mesmo tempo.  As limpezas de pele nao limpavam nada, as manicures e pedicures super mal-feitas, esmalte pra tudo que era lado, menos cobrindo as unhas.  Acho que só gostei mesmo foi de tingir as sombrancelhas e os cílios, ficaram lindos!  Mas caíram tanto, que desisti de continuar fazendo, com medo de ficar com os olhos carecas.  A salvacao é que em Londres nao faltam saloes brasileiros.  Nao tive a mesma sorte no deserto do NM.

***

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Unha do Sapo

Sapo nao tem unha, mas se tivesse, ela seria assim:


Cascorenta, com mil bolinhas em cada unha.  Terminei de pintar as camadas verdes e estava abrindo o amarelo para a pontinha, quando vi que minhas unhas estavam parecendo pele de adolescente!

Essa foi a minha tentativa de francesinha verde e amarela para a Copa.  E sabe o que mais?  Fez o maior sucesso.  Só porque estou nos EUA mesmo, se fosse no Brasil todo mundo ia rir, mas eu também nao sairia assim na rua.  De toda forma, usei os piores esmaltes que já encontrei na vida, mas até que a "pintada" em si nao ficou tao ruim, consegui limpar tudo direitinho, sem borroes.  Nao passei a acetona nessa coisa imediatamente porque deu um trabalho do cao para terminar.  Mas como estou na fase do "tentando até conseguir", deixei nas maos por 2 jogos. Acreditam que um amigo do meu marido me achou "the coolest person" por estar com as unhas desse jeito?  Ele nao parou de dizer o quanto adorou isso!

O pior é que eu gostei do tom do verde - Sinful Colors, Mint Apple - passei novamente em outro dia, e ficou até bonitinho, com menos bolinhas.  Mas a qualidade...  Só o Chanel é pior (leia aqui).






O amarelinho, da Sally Hansen  - linha Xtreme Wear, cor Mellow Yellow - nao gostei mesmo, o esmalte mais grosso que já vi na vida.





Também, comprei todos dois numa promocao na farmácia, cada um saiu por $2.  Se alguém quiser essas coisas de presente, mesmo assim, deixa uma mensagem aqui com email, paga só o correio (já aviso que nao é barato). Happy to see them go!
***

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Festa Country


Sabe aquelas festinhas americanas que a gente ve nos filmes e pensa "que horror!"?  Pois é, participei de uma no final de semana e até me diverti muito.  Foi a festa de 30 anos de formatura de escola do meu marido.  Acho bem legal a mobilizacao deles em reunir todo mundo, ano passado completei 20 anos de formatura e ninguém da minha época se interessou em fazer nem um churrasco.

Enfim, foram 3 dias de festas: o primeiro dia, informal, num bar muito legal - que era o antigo cinema da cidade e foi resgatado do desmanche por um primo, o Harla Mays.

Repare nas filas de cadeiras de cinema que foram salvas, muito legal.  O telao foi mantido e dependendo do dia passa filmes ou vídeos de bandas diversas. Repare também nas paredes, cheias de tralhas. Amo esse lugar, além da comida ser boa.

O segundo dia, formal, conceito que o pessoal aqui na roca nao sabe muito o que significa, tinha de cowboy a roqueiro e camisa xadrezinha.  Nesse dia eu já esperava por isso mesmo e nem me dei ao trabalho de me arrumar muito.  E o mais chocante da noite: line dancing...  Isso foi praga de uma amiga minha em Londres quando eu falei do meu marido pra ela e que eu estava de mudanca para o deserto. Ela disse: "aeeee, vai comecando a treinar para line dancing em cada festinha que voce for..."  E dessa nao escapei mesmo. Ainda bem que meu marido também nao gosta de música country, senao eu estaria perdida.




























Pena que as fotos do Sheriff's Posse  aqui nao mostram a decoracao do globo de espelhos e uma cabeca de boi atrás. É tao legal o lugar que nem website tem.  É lá onde fazem rodeio, exposicao de gado e festa da colheita de alfafa.  Ainda vou fazer um post sobre o lugar, porque tem um balcao com uma cabeca de alce gigante e eu quero tirar uma foto lá. :D

O terceiro dia foi um picnic num parque que fica no fundo da escola onde eles estudaram.  Mas nesse dia fez um calor de 50 graus, eu só conseguia ver a garrafa d'água na minha frente e nem sei do que conversaram.  Passei o dia desidratada e nem consegui ir a missa.

Nao teve um dia preferido, cada um foi divertido a seu modo, eu conhecia umas 2 ou 3 pessoas só, mas foi todo  mundo simpático comigo, a exceção de algumas poucas mulheres, como sempre.  Aquela cara de nojo quando se ouve que alguém é estrangeira eu já conheco de longas datas.  Enfim, foi a primeira vez que pude tomar uma cerveja em semanas...  Tava precisando.

***

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Browsers Equivocados

Depois de uns dois anos sofrendo nas garras do Internet Explorer, me enchi e quase quebrei meu computador com ódio daquelas "fechadas" na hora mais inapropriada.  Abrir janelas diferentes - que é a própria essencia de ser do Windows - passou a ser uma desgraca a ser evitada, atrapalhando minhas buscas e minhas leituras.  Mandei tudo pro raio que os parta.  Qual a intencao da Microsoft em fazer um programa tao vagabundo?

Resolvi entao aderir ao Firefox.  Passei uns 3 meses em lua-de-mel.  Depois, deve ter sido Mozila com inveja da Microsoft, o Firefox comecou a se comportar exatamente do mesmo jeito que o Internet Explorer.  Roxa de raiva!  Queria o Google Chrome, mas na época era fechado, só quem tivesse convite.  Idéia idiota do Google para todos os seus produtos.  Esperei.  O Google Chrome abriu.  E eu instalei.  Quase 1 ano agora.  Pronto, pesadelo da navegacao resolvido.  Agora fica só o pesadelo da conexao, chato o suficiente por si só.

***

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin