Picture SNOWSHOEING IN SANTA FE (NEW MEXICO, USA, March 2010)

Vicky Mundo Afora ou Mundoafora? Nao importa. É vida de imigrante. O mundo eh tao grande. Por que deveria passar minha vida inteira no Rio de Janeiro? Preciso viver e falar outras linguas, viver com e como outras pessoas. Um dia eu volto. Para onde? Ora, para casa. Onde eh casa mesmo?



Picture credits on this blog go to my lovely husband, who has never enough of beautiful and interesting views all over the world. If a picture is not his, it will be linked to its original source.

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Por Hora, Nada

Não tenho estado mais com a menor vontade de escrever nada. Talvez mais tarde. Talvez. Por hora, nada.



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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Como Virar Cebola no Inverno - Video

Como Virar Cebola no Inverno - Video

Não tem muito como fugir. Já falei em vários posts sobre o inverno que o único meio de se proteger do inverno rigoroso é se vestir em camadas, virar cebola no inverno é uma necessidade. É claro que não estou falando de inverno de 15°C positivos, mas sim, negativos...

A não ser que eu mesma faça um vídeo sobre o assunto (será?), não encontrei nada em português, mas em inglês existem vários no youtube. Selecionei esse porque o cara fala devagar e explica bem, mas não tem legendas, sorry. É claro que esse não é um vídeo de moda, é um vídeo sobre proteção. E o que é demonstrado no vídeo, é o mesmo que eu já falei nos outros posts, como podem ler aqui. E é claro que, como o apresentador do vídeo é homem, ele está muito menos interessado em ficar bonitinho do que eu.


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sábado, 4 de janeiro de 2014

Natal no Velho Oeste

Nos últimos anos tenho passado o Natal no Velho Oeste americano. O Novo México é diferente de tudo o que se espera de uma viagem aos EUA. Atualmente somos mais famosos por ser a casa de Breaking Bad - Jesse Pinkman foi meu vizinho, literalmente. Não muitos anos atrás, os filmes do Velho Oeste, as Sessões Bang Bang dos sábados a tarde, eram mais famosos, fazendo principalmente Albuquerque e Santa Fé nomes bem conhecidos no mundo inteiro, por seus cowboys, paisagens áridas e cidadezinhas empoeiradas.

Decoração de Natal na igreja de São Felipe de Neri, em
Old Town Albuquerque
O Sudoeste americano tem como principal característica a mistura de populações nativas indígenas e dos colonizadores espanhóis, que chegaram aqui no século XV. Some-se a isso a enorme quantidade de imigrantes mexicanos que se fixaram aqui durante o último século - ilegais ou não. O estado do Novo México é de população majoritariamente católica, e aqui as tradições das principais festas religiosas foram mantidas quase que intactas ao longo dos séculos, desde a vinda dos primeiros missionários jesuítas. Por isso temos a impressão de entrar no passado quando começam as movimentações de Natal.

A parte mais bonita da noite de Natal no Velho Oeste (e isso não se limita a Albuquerque, mas existe em todo o estado) são as Luminárias: pequenas sacolinhas de papel, com areia no fundo para estabilizar, e uma vela acesa dentro. Essas luminárias são espalhadas pelas ruas, decorando todas as calçadas, e em alguns lugares existem luminárias elétricas, enfeitando os telhados - que são retos, não inclinados. As famílias se mobilizam e tem um exército de pessoas, preparando a decoração das ruas na tarde da véspera de Natal. Todos apagam suas luzes externas nessa noite, para deixar a iluminação das velas sobressair, e o que vemos é uma ambientação mágica.

Decoração de Luminárias de Natal, em Albuqueque.
A primeira vez que cheguei aqui, achei que havia entrado numa máquina do tempo, um livro de história. É claro que existe a cidade "moderna", mas o impacto de visitar Old Town, é impressionante. Tive a nítida sensação de que apareceria um cowboy num cavalo, a qualquer instante, disparando tiros a esmo. Não aconteceu, mas a expectativa é a mesma cada vez que vou a Old Town Albuquerque ou Santa Fé - que é a capital do estado.

Véspera de Natal em Old Town Albuquerque


Nesse ano de 2013, não tivemos um Natal branco, mas nevou bastante umas semanas anteriores ao Natal. E o frio é, bem, frio mesmo. Estamos no deserto, humidade do ar é baixíssima, o frio corta, principalmente quando há vento. Enquanto a neve cai, a temperatura é amena, mas o pior frio é depois que está tudo no chão e se cristaliza em gelo. Por sorte, esse não é dos estados mais frios, e grande parte da neve na cidade degela rápido. Ao contrário do que acontece nas nossas montanhas, que são parte do conjunto das Montanhas Rochosas. O Novo México é um estado rico em estações de esqui, algumas conseguem se manter abertas até o início de abril. É frio, mas é mais divertido ficar na neve fazendo algo do que só olhando e congelando.

Neve no Rio Grande, que corta a cidade de Norte a Sul.
Ou será de Leste a Oeste?

Tão frio que até as árvores usam cachecol durante o
River of Lights
Durante a temporada de Natal, o que mais gosto de fazer é visitar o "River of Lights" (literalmente, Rio de Luzes), que é montado ao longo do Jardim Botânico em Albuquerque, a beira do Rio Grande, com várias esculturas de luzes, e todos vão visitar a noite. O frio que faz, é uma maravilha!




Mesmo com todo o frio, distância da família, tem coisas boas que aprendemos a apreciar. A nova família que encontramos aqui, o calor de nossas casas aquecidas, abraços. Toda gastança e mediocridade associados ao Natal de hoje em dia, e pelo qual os EUA são tão famosos o ano inteiro, podem sim passar longe, e aproveitamos o que a estação tem de melhor, se soubermos apreciar.

Nos próximos dias estarei subindo as montanhas, e pretendo dar bom uso aos meus snowshoes novamente.



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Obs. - As fotos estão meio misturadas, mas são ou do meu celular, ou da câmera do meu querido Gerald.


domingo, 21 de julho de 2013

O Centro de Niteroi no Caminho do Capital

É importante que todo niteroiense leia isso e entre na luta. Estão destruindo nossa cidade aos poucos, degradando nossa vida, até que todo espaço se torne insuportável e irrespirável! Essa não é a Niterói onde eu nasci e cresci, e não é a Niterói que eu quero deixar para meus filhos.

O documento O Centro de Niterói no Caminho do Capital foi escrito pela Arquiteta e Doutora Professora-Titular da Escola de Arquitetura da UFF, Regina Bienenstein, possivelmente uma das pessoas que melhor conhece Niterói, em todos os seus cantos, buracos esquecidos, problemas, riscos. Eu não acredito numa prefeitura que não leve em consideração o trabalho sério realizado por Regina e o NEPHU.

A referência para o texto abaixo pode ser encontrada no Facebook, através deste link.



O Centro de Niterói no Caminho do Capital



Está em discussão, no município de Niterói, uma proposta de cidade que privilegia o capital imobiliário, oferecida ao Executivo Municipal por três grandes empresas (Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez). Este projeto se utiliza do instrumento Operação Urbana Consorciada (OUC), previsto no Estatuto da Cidade, e propõe a extinção de todas as Áreas Especiais do Centro e suas respectivas normas de uso e ocupação do solo: as Áreas Especiais de Interesse Social (ocupadas por população de baixa renda), as de Interesse Urbanístico (campi da UFF e Caminho Niemeyer) e a de Preservação do Ambiente Urbano. Ou seja, a proposta descarta o processo de planejamento urbano construído ao longo de décadas e sintetizado no Plano Urbanístico da Região das Praias da Baía, de 2002.
O projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal é generalista. Sem um plano urbanístico que defina com clareza o que irá acontecer no Centro, sua defesa destaca unicamente os problemas existentes na área, que, na verdade, são decorrentes de falta de manutenção pelo gestor municipal. Aponta para a necessidade de incentivo ao uso residencial, desconhecendo que o Centro de Niterói já é caracterizado pela diversidade de usos, de atividades e de classes sociais. É uma área que apresenta, além do uso comercial e de serviços, vários quarteirões com uso misto e residencial. A proposta não detalha nem fixa normas que permitam o controle da região pelo gestor público local, além de não especificar as obras, o cronograma de sua implementação e os respectivos custos. 

Conforme alertado pelo Fórum UFF Cidades em diferentes ocasiões, trata-se de uma verdadeira “caixa preta” (ou um “cheque em branco”) que confere “um poder ilimitado à coalizão formada pela Sociedade de Economia Mista proposta e por empresas privadas, sem controle público efetivo”. Isto fica evidente no controle social obrigatório (artigo 33, item VII do Estatuto da Cidade), para o qual o projeto de lei estabelece um Conselho Consultivo com quatro membros do Executivo e apenas dois representantes da sociedade civil, a serem escolhidos pelo próprio Executivo.

A proposta causará diversos níveis de ruptura, não apenas na área específica da OUC, mas terá reflexos em todo o território municipal, ao permitir a compra do direito de ampliação de gabarito para até 40 andares (duas torres no espaço da atual Estação das Barcas) e até 20 andares (vários edifícios no espaço entre o Terminal de ônibus e a Ponta da Areia, e entre o Caminho Niemeyer e a área urbanizada atual), sendo estimado também que estes investimentos atrairão cerca de 40 mil novos moradores para o Centro.

O Estudo de Impacto de Vizinhança,elaborado pelas mesmas empresas que desenvolveram a proposta, reconhece que o projeto provocará aumento no valor dos imóveis, nos aluguéis e no custo de vida.Assume também que acabará por expulsar as famílias de classe média baixa e as de baixa renda, os pequenos comerciantes e as lojas de atacado, o que é considerado, no documento, como efeito “inevitável, irreversível, negativo e permanente”.

O Projeto de Lei reflete uma visão de gestão urbana que privilegia o “espetáculo” e a “imagem”, em detrimento das verdadeiras necessidades de quem mora, trabalha e frequenta a região. Isto fica claro nos exemplos apresentados: grandes prédios muito iluminados, torres corporativas, objetos arquitetônicos estranhos à nossa paisagem, que, aliás, se sobreporiam às edificações do Caminho Niemeyer.

Conforme tem apontado o Fórum UFF Cidades, existem claros riscos de privatização da cidade embutidos nesse projeto. Instrumentos financeiros e urbanísticos moldarão a paisagem, a serviço de empreendedores e investidores, em obediência a um modelo de intervenção importado, repassando à iniciativa privada a gestão do "novo" espaço, com prejuízo à atenção aos problemas sociais e econômicos reais do Centro.

A Prefeitura quer aprovar um projeto de tamanha magnitude em pouco mais de dois meses e argumenta ter realizado muitas reuniões, com diferentes segmentos, o que caracterizaria a disposição para o debate democrático. Não considera que processos efetivamente participativos exigem disposição para enfrentar, escutar e avaliar críticas e propostas, e ser capaz de incluí-las ou, pelo menos, esclarecer porque não foram aceitas. Nas duas únicas Audiências Públicas, promovidas pelo Legislativo Municipal, e nos debates promovidos pela Escola de Arquitetura e Urbanismo - UFF e pelo Ministério Público, uma sucessão de opiniões divergentes, dúvidas técnicas e propostas de alteração foram encaminhadas por vários setores da sociedade, sem que nenhuma modificação tenha sido feita no projeto de lei que tramita na Câmara.

Temos nos posicionado pela imediata revisão do Plano Diretor aprovado em 1992. O Executivo, como enfatizou o Vice-Prefeito, recusa tal proposta, com o argumento de que imobilizaria a gestão “por até três anos” e impediria a realização de ações importantes para a cidade. Ora, esta afirmativa é falaciosa, pois a elaboração de um Plano Diretor não demanda um longo tempo e não impede a implementação de ações já estudadas e planejadas para a administração cotidiana da cidade. E Niterói já tem alguns Planos que esperam por ser implementados, entre eles, o Plano Local de Habitação de Interesse Social e o Plano Municipal de Redução de Risco, este último de suma importância para evitar novas tragédias, como as já vividas pela cidade em 2010.

O Fórum UFF Cidades tem defendido a recuperação do Centro de Niterói dentro de uma perspectiva social e inclusiva que deve começar com a aplicação de instrumentos do Estatuto da Cidade que contribuam para assegurar a função social da cidade e da propriedade. Em vez de torres que se destacam na paisagem, em conflito com as edificações do Caminho Niemeyer e com a própria ocupação atual do Centro, nossa proposta volta-se para a escala humana e para as reais necessidades da população. No lugar de uma “revitalização” baseada na atração do grande capital imobiliário, que expulsará a população e as atividades tradicionais, nossa proposta aponta para a melhoria dos serviços urbanos; para o estímulo ao aproveitamento dos imóveis vazios e subutilizados como moradia popular e de classe média; a organização do dinâmico comércio popular; a valorização do comércio já presente na área e o incentivo à recuperação do patrimônio edificado.

Por tudo o que foi mencionado e por existirem alternativas que não acirram a exclusão sócio-espacial, o Fórum UFF Cidades defende a imediata retirada do projeto de lei da OUC / Centro de Niterói da Câmara Municipal e reafirma a urgência da revisão do Plano Diretor, iniciativas que permitirão abrir o debate sobre a política urbana e a cidade desejadas pelo cidadão niteroiense.


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Para saber mais sobre o NEPHU-UFF e seu papel na gestão de uma Niterói mais justa, e com melhor qualidade de vida para TODOS, sem demagogia e com muito trabalho sério, leia aqui, aqui e aqui. E para conhecer um pouco sobre a História de Niterói e alguns de seus personagens, leia aqui.


Até porque a cidade não precisa de mais prédios, nem de novos moradores. Muito menos, de mais carros.

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fotos de Londres

Para quem quiser ver fotos de Londres, fugindo do batido Turista -Big Ben -TowerBridge, acesse no Facebook

Sao fotos tiradas por um dos melhores fotografos do mundo! ;)  O mesmo que tirou quase todas as outras fotos onde eu apareco, aqui no meu blog.

E soh por minha causa, ele fez a foto mais linda do meu predio mais amado em toda minha Londres, que eu coloco aqui, soh de aperitivo:



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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mercadinho Mexicano

Fazendo compras no mercadinho mexicano ou, Ai, Minha Paciência! Também seria um bom título.

Eu evito fazer compras no mercadinho mexicano. Não dá. A sua recepcao são aquelas músicas típicas, com homens desafinados berrando, tocando nos alto falantes. Se estou com dor de cabeca, nem entro. Existe também o problema com os laticínios, que já chegam estragados em casa, só para nos dar o trabalho de voltar para trocar. Até que eu percebi que os produtos estavam sempre vencidos. Já comprei farinha de rosca, maizena, pó royal, pó para flan, biscoito maria, leite moça, tudo com a validade vencida. Isso diz muito sobre as condições do mercado. E por que continuo voltando? Porque tem coisa que só vende lá, principalmente semelhantes ao que temos no Brasil: massa de pastel, goiabada, aipim, feijao preto.

Como se isso tudo não fosse o bastante, muitos funcionários nem falam inglês, embora isso não me incomode tanto. De toda forma, já vou preparada para pedir certas coisas através de gestos. Sem o menor constrangimento eu faco "muuu" e dou umas palmadas nas coxas, ao pedir um pedaço de músculo no açougue. Economiza meu tempo, recebo a carne que preciso, e economiza explicações trilíngues sem sentido. Esse é o tipo de situação que nos aguarda no mercadinho.

Cada ida ao mexicano é super rápida, já entro sabendo o que quero. Gerald e eu nos dividimos, vamos cada um para um lado diferente, reunimos o que precisamos e nos encontramos no caixa para sair o mais rápido possível.

Hoje fomos novamente, e eu pedi para o meu marido comprar 1/4 de frango assado enquanto eu recolhia o resto das compras, já que o atendimento do restaurante demora, e muito. Esse frango custa $4,99 e vem com arroz, feijao, salada, pimenta e tortilla, e eh suficiente para 2. Tem um cartaz imenso, em cima do caixa do restaurante, listando os precos do frango assado de acordo com o tamanho que voce quiser: inteiro, 1/2, 1/4. Ja compramos esse 1/4 de frango inúmeras vezes, e é o único na cidade que tem o mesmo gosto dos que compramos no Brasil, por isso que eu insisto.

Quando Gerald pediu "o frango de $4.99" ao mesmo tempo que apontava para o cartaz, o senhor do atendimento comecou a colocar um monte de coisa num pacote e cobrou $10.99. Gerald então retrucou "não pedi isso tudo, só quero esse frango de $4.99" e leu em voz alta o que estava escrito no cartaz em espanhol.

A atendente de outro balcão veio acudir o velho e perguntou o que Gerald queria. Nessa altura, eu já havia terminado minha parte e estava de volta pra encontrá-lo. Presenciei um dialogo surreal:
_  O que o senhor quer?
_  Quero o frango de $4.99.
_  Não tem nenhum frango de $4.99.
_  Mas tá no cartaz (apontando para o cartaz).
_  Tá errado. O preco é $6.99 para meio frango.
_  Mas eu não quero meio frango, quero 1/4, com os acompanhamentos.
_  Nos não temos isso. O frango custa $6.99.
_  (Gerald, já sem paciência puxa o cartaz e mostra pra garota) Então, fala pro seu gerente tirar isso daqui, se voces não servem mais o frango dessa forma.
_  (Com cara de quem se acha muito inteligente, falando com um imbecil) Isso não é frango, isso é um prato.
_   Entao, é esse prato o que eu quero. Pode ser?



Foram quase 20 minutos para conseguir comprar o frango... Desculpe, o prato.

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Os Gatos nas Artes

Xiii, nao gosta de gatos? Nao gosta de opera? Acha museu, pintura, escultura, instalacoes, um saco? Fia, voce ta no blog errado! Antes de ir embora porem, aprende um pouco:

Os Gatos nas Artes:



Miau!

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