Picture SNOWSHOEING IN SANTA FE (NEW MEXICO, USA, March 2010)

Vicky Mundo Afora ou Mundoafora? Nao importa. É vida de imigrante. O mundo eh tao grande. Por que deveria passar minha vida inteira no Rio de Janeiro? Preciso viver e falar outras linguas, viver com e como outras pessoas. Um dia eu volto. Para onde? Ora, para casa. Onde eh casa mesmo?



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domingo, 13 de dezembro de 2009

Frescuras Fundamentais

Já que a vidinha anda bem mais ou menos, estou tentando me ocupar comigo mesma.  Nada melhor do que a compania dos meus cremes, que eu adoro!  No Brasil tinha manicure, pedicure e hidratacao da cabeleira quase toda semana, além de visitas ao dermatologista e limpezas de pele.  Sem falar na praia, que é a melhor de todas as terapias.  Desde a primeira vez que vi um "protetor solar", no final da década de 80, que eu uso em tempo integral. Isso porque quando era crianca os únicos produtos que existiam eram os bronzeadores, e tome Rayto de Sol manchando a pele e o biquini de todo mundo. Os responsáveis pelos meus primeiros cuidados com a pele foram o Boticário e a Água de Cheiro, com protetores de SPF 8.

Minha genética é boa, minha vó de 103 anos nao tem rugas, as irmas dela também nao tinham, minha mae e minha tia também nao. No Brasil usava só filtro solar no rosto e Leite de Aveia para hidratar o corpo. Mas também, Rio de Janeiro, um calor do cao, quase morrendo nos veroes húmidos, nao dava para muita coisa. Maquiagem além do batom e lápis só se fosse para ir a festa, quando minha mae passava uma pedra de gelo no meu rosto antes de comecar, para "segurar" a maquiagem. Dava super certo. Pele linda e saudável, mesmo depois da catapora aos 18 anos. Nao estava nem aí para o bronzeado dos outros, essa nunca foi a minha praia.

Morando na Europa, o cenário era outro. Frio, ar seco, sempre nublado. Por um lado era bom pois eu era branca como todo mundo, mas os cuidados com a pele deveriam ser mais rigorosos. Descobri por exemplo que se voce nao hidrata as pernas quando está muito frio e seco elas ficam horríveis, descamando e cocando e voce sente mais frio. Hidratacao passou a ser medida de sobrevivencia.

Dai para descobrir que os cosméticos que sao idolatrados no Brasil nao valem nada aqui fora, foi um pulo. Como o dinheiro era escasso, pois vida de estudante nao permitia emprego descente, fui trabalhar em salao de beleza, em contato com esteticistas e maquiadores full-time, tendo acesso a produtos de várias marcas e tratamentos de graca. Isso com certeza aliava trabalho com diversao.

Aprendi que Lancome é uma marca ótima para passar bem longe de mim, coisa que desconfiava desde os tempos que trabalhava na L'Óreal no Brasil. Vasenol e Nívea sao duas marcas que destroem a minha pele, o popular barato que sai caro. E esmalte de grife (Chanel, Dior, Guerlain e afins) sao produtos que nao quero nem de graca pois sao de baixíssima qualidade, fixacao zero. Saudades dos meus Coloramas e Risqués sempre!

O principal é reconhecer que os produtos daqui sao feitos para o clima daqui e os produtos do Brasil sao feitos para o clima brasileiro. Amo Natura de paixao, mas nao posso trazer um hidratante facial para cá pois é muito leve. Da mesma forma, nao posso levar meu La Prairie para usar no Rio senao meu rosto vai explodir em espinhas. Cada coisa no seu lugar, embora muitas possam ter seus usos adaptados. E anos de experimentacao para saber o que fica bem na minha pele e o que fica bem só nos outros.

Foram 6 anos, trabalhando com cosméticos em Londres, que me ensinaram muita coisa. Principalmente que eu adoro um creme. E adoro passar o meu tempo me cuidando.

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