Pois é. Três anos morando em Londres e pensei que já havia visto de tudo. Até chegar ao lugar onde estou morando agora. Divido meu quarto com uma jiboia. Tem uma cobra aqui. É isso mesmo, não estou chamando minha flatmate de cobra não (embora ela seja), mas tem uma de verdade dividindo o espaço comigo. O que eu posso dizer é que aquilo fede e, segundo uma amiga minha lá de Goiás, a jiboia não morde, ela só sufoca e estrangula humanos. Não tem perigo de veneno não. Eu hein! Esta terra nos anestesia. Eu agora estou até achando isso normal.
E agora um pouco de jiboiologia: Ela, que na verdade se chama Homer (como o Simpson pai), é alimentada com ratos. Aruna, a indiana-inglesa que é a dona do bicho, compra rato em Pet shop e congela no freezer da casa. E depois descongela com a bolsa de água quente usada para amenizar as "dores menstruais"... E eu convivo com isso!
Londres... É um espanto, um escândalo, um frio, e eu aqui. Ainda embasbacada com isso tudo, nem quero voltar pra casa. Casa, Niterói/RJ. Faz sol, calor, tem pai, mãe, amigos, gatos e muita gente mediocre também. Sinto falta de muitas coisas, e outras tantas me irritam. Quando saio e volto para casa sozinha na madrugada londrina, eu sinto raiva. Raiva de muitas coisas: em Niterói não poderia fazer isso. Primeiro porque se você está na casa dos 30 e é solteira, não tem o que fazer naquela cidade. E o pior, está arriscada a ser rendida na porta de casa ao chegar às 3 da manha, sozinha e de ônibus.
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