Picture SNOWSHOEING IN SANTA FE (NEW MEXICO, USA, March 2010)

Vicky Mundo Afora ou Mundoafora? Nao importa. É vida de imigrante. O mundo eh tao grande. Por que deveria passar minha vida inteira no Rio de Janeiro? Preciso viver e falar outras linguas, viver com e como outras pessoas. Um dia eu volto. Para onde? Ora, para casa. Onde eh casa mesmo?



Picture credits on this blog go to my lovely husband, who has never enough of beautiful and interesting views all over the world. If a picture is not his, it will be linked to its original source.

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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Quem anda pra tras eh caranguejo

Muita coisa se passou de Abril pra ca. Emprego novo, flatmate novo, namoro reciclado e definitivamente descartado - tomara que seja biodegradavel. Muito feliz e muito satisfeita com as novidades fui eu aproveitar um pouco a vida que eu tambem sou filha de Deus. Soh trabalho, sem dinheiro e sem diversao nao dah pra levar por muito tempo nao. Entao resolvi abrir a temporada de ferias e diversao como eu sempre quis.

Fui a Opera House em Covent Garden - Tosca. Fui a Verona - La Boheme na Arena. Fui a National Gallery - Impressionists by the Sea. Fui ao Opera Club, Concerto de Charity Event, convite VIP para os Proms da BBC no Royal Albert Hall. Fui ao festival de Edinburgh, e conheci Glasgow e o melhor single malt que jah provei. Daqui a duas semanas volto a Paris e vou assistir a Romeo e Julliete no Opera Bastille. Gracas a Deus. Eu sou eu de novo. E dessa vez eh pra ficar.

May God guides and lightens my path today, tomorrow and forever. Amen.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Para Melissa

Ela eh a unica que me acompanhava nessas coisas. Ainda bem agora tenho a Amy, minha amiga australiana, que tem muito pouco juizo, como parece praxe com aqueles lah da ilha dos cangurus… Mel, tah faltando voce aqui nessa bagunca!

Amy tah saindo com uns 3 ou 4 que encontrou na internet. Um deles eh australiano, lah meio vizinho do lugar de onde ela saiu. E esse australiano acabou saindo melhor do que a encomenda: joga futebol australiano da liga professional aqui em Londres. Ou pelo menos foi isso que eu entendi da conversa.

No sabado pela manha Amy me telefona perguntando se eu queria ir ao parque assistir ao jogo Australia x Suecia… Uma coisa dessas nao precisa nem perguntar. Soh pode estar de brincadeira, ne? Nao precisava nem ser futebol, bolinha de gude mesmo tava valendo. O jogo? Nao entendi nada e nem sei quem ganhou. Os jogadores? Tinham 3 ruivos lindos!, um loiro de cabeca raspada e umas pernas e bracos enormes, uns 3 muito altos, fortes e loiros, tinha um dos olhos azuis que precisava ateh de oculos de sol para poder olhar de frente… Fora os morenos…

Acabado o jogo, fomos todos para o pub mais proximo, onde passei a tarde inteira rindo com o pessoal e observando o ambiente… E fazia ateh sol naquele dia! Se soubesse que Clapham Comon era tao bom, iria lah mais vezes.

Tinha ateh um Kiwi, perdido por lah, que me deixou rindo ateh agora... :-)

sexta-feira, 30 de março de 2007

Mais um guia "Chegando em Londres"

Eu nao tomo jeito mesmo. Volta e meia tem sempre um maluco me pedindo dica para chegar em Londres, e lah vou eu dando explicacao porque adoro isso aqui mesmo e nao gosto quando vejo as pessoas chegando aqui desavisadas e imaginando o que nao deve. Depois a unica alternativa para os perdidos eh ir embora sem falar ingles e metendo o pau na cidade que nunca conheceu...

Esse eh um email que mandei nao sei nem pra quem foi:

Oi ,

Olha, eu vim pra Londres com a sua idade, e pensava que estava muito velha para largar uma vida estavel pra tras e comecar do zero. Tudo que eu sabia eh que era meu sonho de crianca ir morar na Europa sozinha, que seria muito dificil e queria vir sem data para voltar. Literalmente entreguei meu futuro a Deus, coloquei meus sonhos na mochila e vim. No comeco tudo me empolgava, me emocionava e andei escrevendo muito, tem alguma coisa no meu blog se voce quiser "pesquisar"...

Dificil? Muito. Vale a pena? Muito, mas nao me arrependo nem um minuto, nem dos perrengues que tive que passar aqui. Hoje sou cidada italiana, nao preciso de visto, mas quando cheguei aqui vim com visto de estudante e passei 4 anos assim. So depois de alguns meses aqui eh que eu soube que teria direito a minha cidadania e me preparei para ir a Italia fazer esse processo. Morei 1 ano perto de Veneza, foi uma experiencia e tanto e ainda aprendi uma outra lingua.

Jah que voce eh artista plastico, acredito que as telas que tem no seu orkut sejam suas pinturas, acho que voce encontrarah certas vantagens por aqui, digo, em Londres. Eh o lugar certo para quem eh interessado em artes, aqui se tem acesso a muitas coisas e as galerias nao cobram entrada, voce pode passar o dia na National Galery ou nas Tates, sem gastar um tostao e ainda tem area de pic nic, voce pode ficar ali o tempo que quiser. E do cafe no ultimo andar da Tate Modern voce tem uma vista de Londres e do Tamisa que eh unica... Eu procuro sempre me lembrar dessas coisas quando o desanimo tenta tomar conta.

Voce pode tentar no consulado britanico obter um visto de High Skilled Imigrant, jah que voce eh artista plastico e professor de ingles. Ou se preferir nao arriscar, arruma um curso full time aqui e se matricula para ter o visto. Depois que estiver aqui voce ve quais sao as suas possibilidades. Tem uns sites de brasileiros que podem te ajudar com relacao a visto, escola e primeiros empregos, anota aih:
http://www.leros.co.uk - essa eh a primeira revista de brasileiros na Inglaterra. Nao eh a melhor mas eh a maior e mais conhecida.
http://www.oilondres.com.br/ - eh um site com informacoes para quem estah chegando.

Soh mais uma coisa: cada um vem pra Londres com uma ideia muito diferente do que quer da vida aqui. Eu vim para morar e passar toda a minha vida aqui, nao tenho intencao de voltar ao Brasil. Amo Londres e encontro aqui tudo o que me completa e me faz feliz, tenho acesso a tudo o que eu gosto, seja musica, artes plasticas, teatro, mesmo ganhando pouco. Ouco o meu jazz e o meu blues, ao vivo e de graca todos os dias se quiser pq Londres te permite isso. Eh possivel sair do circuito faxina-bandeja sim, principalmente se voce fala ingles. A maioria mora anos por aqui e pouco sai do “gudi mornin”, eh obvio que vao viver sempre mal. Eu, mesmo tendo soh visto de estudante, sai dessa com 3 meses porque procurei outras coisas e falava bem o ingles desde o inicio...

Nao frequento “guetos” de brasileiros e nao me identifico com ninguem pelo simples fato de falar portugues. Quem vem pra ca fazer faxina ou waitressing para juntar dinheiro e comprar sitio em Goias me acha esnobe, e geralmente sonha em voltar ao Brasil no dia seguinte. Portanto, o que voce quer da sua vida eh que vai definir o trabalho que voce terah aqui.

Esse email jah estah enorme, me escreva se voce quiser alguma coisa mais detalhada.

Um abraco e boa sorte,

quarta-feira, 14 de março de 2007

A "Fada Madrinha"

A Louise, vulgo Fada Madrinha, me contratou para ser secretaria de dois Executivos na empresa. O trabalho eh ridiculo mas sabe ingles como eh cheio de frescura, fazem um monte de exigencias e te viram do avesso para saber se voce eh apto a executar o servico, se sabe mexer em computador, se fala linguas, etc. Soh que o servico propriamente eh coisa de retardado, se voce sabe ler e escrever sabe fazer aquelas baboseiras com os pes nas costas. O problema nisso tudo eh que quem assina tudo que diz respeito a mim eh a citada dona lah em cima. Meus chefes sao os chefes mas nao apitam nada. Entendeu? Pois eh, nem eu. Logo essa situacao sempre me irritou desde o inicio.

Quem jah morou na Inglaterra sabe que esse povo fala muito e nao faz droga nenhuma. Sao preguicosos, indolentes, tudo aquilo que na escola ensinaram pra gente como caracteristica de indio Tupi... Pois a tal Fada Madrinha me deu o emprego pagando muuuuuito menos do que as outras secretarias que trabalham aqui e com mais trabalho para fazer do que o "normal". Obvio que eh porque eu sou estrangeira. E ainda por cima eu sou muito doce e ela pensou que poderia simplesmente "montar" e jogar todo o trabalho pra cima de mim. Tudo bem que eh pouca coisa, ninguem faz nada nesse predio, nao sei mesmo como fazem dinheiro nessa compania, mas eh desaforo ela sair cedo todo dia, "trabalhar em casa" toda sexta e segunda, e o pouco que tem que fazer ainda distribui e no final ainda diz que fez tudo... Eh em suma, uma folgada.

Bem, varias coisas e muitos arranca-rabos aconteceram em mais de um ano que trabalho aqui. Sou muito grata a ela que me deu esse emprego (ainda que fosse porque ela me tirou como otaria a principio) mas apesar do salario ultrajantemente baixo essa experiencia serviu para me tirar do ostracismo do gueto de imigrantes para me dar lugar de destaque na vida londrina, ou seja, vida normal. No dia que me emputeci de verdade com as coisas - eu, tao calma e paciente - resolvi botar meu curriculo na rua e em 15 min meu telefone jah estava tocando chamando para entrevistas. Foram soh 20 dias ateh assinar contrato em outra empresa e semana que vem me despeco deste barraco...

quinta-feira, 8 de março de 2007

Repeteco

Sabe o meu post da sexta-feira passada? Repeti a dose, nem preciso me dar ao trabalho de reescrever... So mudou o cenario do Guanabara para o pub atras do escritorio...

Serah que to virando inglesa pinguca??? Eu hein!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Email lacrimoso

Recebi esse de uma amiga australiana que eh meio doida - como alias, todos os australianos que conheci na minha vida. Tah em ingles, quando tiver paciencia eu traduzo e meto aqui...
_____________________

In Queensland, Australia a 26-year-old mother stared down at her 6 year old son, who was dying of terminal leukaemia. Although her heart was filled with sadness, she also had a strong feeling of determination. Like any parent, she wanted her son to grow up & fulfil all his dreams. Now, that was no longer possible. The leukaemia would see to that. But she still wanted her son's dream to come true.

She took her son's hand and asked "Ben, did you ever think about what you wanted to be once you grew up? Did you ever dream and wish what you would do with your life?”

“Mummy, I always wanted to be a fireman when I grew up.”

Mum smiled back and said, "Let's see if we can make your wish come true."

Later that day she went to her local fire Station in Brisbane, Australia where she met Fireman Bob, who had a heart as big as Queensland. She explained her son's final wish and asked if it might be possible to give her 6 year old son a ride around the block on a fire engine.

Fireman Bob said:
"Look, we can do better than that. If you'll have your son ready at seven o'clock Wednesday morning, we'll make him an honorary fireman for the whole day. He can come down to the fire station, eat with us, go out on all the fire calls, the full monty!

And if you'll give us his sizes, we'll get a real fire uniform for him, with a real fire hat - not a toy – one with the emblem of the Queensland Fire & Rescue Department on it, a yellow slicker like we wear and rubber boots. They're all manufactured right here in Brisbane, so we can get them fast.”

Three days later Fireman Bob picked up Ben, dressed him in his uniform and escorted him from his hospital bed to the waiting truck. Ben got to sit on the back of the truck and help steer it back to the fire station. He was in heaven.

There were three fire calls in Brisbane that day and Ben got to go out on all three calls. He rode in the different fire engines that day and he was also videotaped for the local news program. Having his dream come true - with all the Love and attention that was lavished upon him - so deeply touched Ben that he lived three months longer than any doctor thought possible.

One night all of his vital signs began to drop dramatically and the head nurse, who believed in the hospice concept - that no one should die alone, began to call the family members to the hospital.

Then she remembered the day Ben had spent as a fireman, so she called the Fire Station and asked if it would be possible to send a fireman in uniform to the hospital to be with Ben as he made his transition.

The Officer in charge replied, "We can do better than that. We'll be there in five minutes. Will you please do me a favour? When you hear the sirens screaming and see the lights flashing, will you announce over the PA system, that there is not a fire? It's the department coming to see one of its finest members one more time. And will you open the window to his room?”

About five minutes later a hook and ladder truck arrived at the hospital and extended its ladder up to Ben's third floor open window - 16 fire-fighters climbed up the ladder into Ben's room. With his mother's permission, they hugged him and held him and told him how much they LOVED him.

With his dying breath, Ben looked up at the fire chief and said "Chief, am I really a fireman now?”

"Ben, you are, and the Head Chief, Jesus, is holding your hand," the O.I.C said.

With those words, Ben smiled and said, "I know, He's been holding my hand all day, and the angels have been singing…”

He closed his eyes one last time.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Caindo pelas tabelas

E a empreitada de achar que ainda tenho 20 anos continua... Normalmente esses epsodios ocorrem logo apos o dia do pagamento e na compania de ingleses bebuns...

Hoje estou no escritorio, caindo pelas tabelas e querendo minha cama mais do que qualquer outra coisa no mundo. Fui dormir as 4 da manha para levantar as 7h. Sabe-se lah como, consegui chegar no escritorio as 9 em ponto. "Chegar" soh o corpo mesmo, porque a cabeca estah por ai, adormecida em algum lugar - que nao posso nem afirmar que seja em Londres...

Levei a inglesada para o Guanabara que eh um bar brasileiro "half decent", como se diz por aqui. Nao tem aquele ar iminente de que pode se transformar em bordel a qualquer minuto - como a maioria dos auto-proclamados "botecos" que goiano gosta de frequentar por aqui... Dizer que eh tipicamente brasileiro e tocar salsa e funk pra mim, na verdade, eh soh mascara de sucursal do inferno, nao consigo pensar em muita coisa que seja pior...

Enfim, o Guanabara eh sim "half decent" e ontem soh tinha ingles mesmo, brasileiro soh eu e o staff. Comemos, bebemos, sambei e eles se sacudiram, foi bem legal. Acontece que eu estava com minha amiga Marilyn, que sai pouco e eh adepta do "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza"... Eu queria sair do bar meia-noite, mas acabei saindo soh 2:30... E esse horario pra mim eh perigoso, eu sou atacada pela sindrome da batata-frita...

Deixa eu explicar melhor. Tem gente que eh viciada em chocolate, em cerveja - eu sou viciada em batata-frita. Eh serio e eh grave, quem me conhece tem sempre alguma historia de batata-frita para contar. E aquela hora da noite (ou manha), tem que ser a do Burguer King em Leicester Square...

Marilyn que tem tao pouco ou menos juizo do que eu, topou a parada. Queria pegar um taxi e ela "Nao, que taxi nada. Vamos andando porque assim fazemos um exercicio"... Por que eu escuto essas coisas? Andamos de Holborn a Leicester Sq, comi a batata que queria e depois andamos ateh Piccadilly. Night bus ateh em casa (pelo menos o ponto eh na minha porta) e algumas pouquissimas horas depois estou eu aqui perdendo meu tempo no escritorio, escrevendo post para o blog enquanto poderia estar na minha cama quentinha... O vida!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

O Furacao Loredana e suas consequencias

Quando morei na Italia fui apresentada a figura mais exotica que pode existir por lah: Loredana, 60 anos - jura que ainda tem 15-, visual trash Marilyn Monroe. As saias que ela usa sao mais curtas do que as que eu mesma usava quando tinha 15 anos. Acho que dah uma ideia do que eh a figura. Soh que o mais impressionante dela eh a energia: se nao a conhecesse bem podia jurar que vive a base de po - ela nao para quieta!

Lore vem a Londres 2 vezes por ano com seus alunos – eh professora de ingles em Padua – passa o dia fazendo City Tour e a noite quer ir pra farra... Da ultima vez que esteve em Londres ela me pediu para ir em algum lugar mais sofisticado, o que obviamente nao fica no West End cheio de turistas. Quem disse que consegui convence-la? Por nada! Acabou que o “sofisticado” que ela cismou foi no Soho mesmo, num “O’Neals” da vida... Alem de figuraca, quando mete uma coisa na cabeca empaca mais do que 3 mulas juntas...

Bem, ela eh divertida, dah uma certa canseira mas encaro essas visitas dela como um sacrificio pela amizade. Juro, nao tenho energia para fazer metade do que ela faz. Levei essa vida lah pelos meus 20 anos – sair da faculdade, ir pro bar, beber ateh de manha, levantar as 8h para ir as aulas, emendar faculdade a noite, sair pra beber, e tudo de novo... Mas agora aos 30 e poucos, nao da! Se faco isso num dia, preciso descansar 2 – fora que nao acho mais tanta graca assim.

Sexta-feira saimos. Fui ao pub com meus amigos do trabalho primeiro, depois fui encontra-la. Adivinha onde o furacao queria ir? Tiger Tiger. Esse club eh o que os ingleses chamariam de “tacky” e um nova iorquino de “bridges and tunnels bar”. Nao eh pra mim, a frequencia eh um pouco ecletica demais pro meu gosto. Mas eh perfeito para Loredana. Acabei chegando em casa as 5 da manha, e mal podia andar porque estava de botas novas e elas estavam me matando... Passei o dia assistindo DVDs e a noite soh queria comer e dormir. Mas Loredana saiu de novo, depois de passar o dia com os alunos num tour pelo Camden Market... Inacreditavel!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Tem maluco de todo jeito...

Ontem a noite fui numa reuniao sei lah eu de que, que uma amiga slovaca muito doida me convidou... Com a Jana eh sempre programa de indio, mas eu acabo sempre me divertindo do mesmo jeito, e jah nao a via desde inicio de dezembro.

A Jana eh uma figuraca, saida de um pais comunista e catolica radical como eu nunca vi, pra completar ainda por cima eh do Opus Dei... Voce tem que ter uma mente aberta para conversar com ela e ser bom ouvinte, senao ela te come de discurso na cabeca. Como essas coisas nao me chateam - cresci com a minha mae jogando agua benta na minha cara para me acordar de manha - eu saio com ela e cada vez que vamos a algum lugar ela carrega mais uns 4 ou 5 juntos, tudo catolico meio esquisito como ela. Eu tambem sou catolica mas gosto de acreditar que sou normal. (?!)

Bem, ontem quando acabou a tal reuniao nos fomos encontrar um amigo dela num pub. O sujeito - Adrian - inglesinho, catolico tambem mas da ala "carismatica". Como bom ingles tava lah com o pint dele na mao, todo tranquilo quando chegamos. Aih eh que comeca a historia.

Jana pega o cardapio e no final de cada pagina tem "guia astrologico £5" e "Taro- carta do dia £4"... Foi o suficiente para comecar o bafafa... Ela entrou numa de querer tirar satisfacao com a dona do lugar, dizendo para a mulher que aquele ambiente estava possuido pelo coisa ruim, que ela ia chamar um padre para exorcisar aquilo lah, em suma, uma cena. Soh via o inglesinho se afundando no sofa e furioso da vida. Eu, como diz a minha mae, muito debochada estava era rindo daquela situacao surreal...

Bem, eu e Adrian saimos. Jana ficou lah dentro com outro maluco que estava conosco, o Louis - de quem ateh entao eu estava tendo uma boa impressao - e os dois batendo boca com a mulher. O lugar, um paraiso, pub pequenininho, tocando arias de opera e jazz, com um cardapio O-te-mo! Queria era ficar lah dentro, mas enfim, volto outro dia em outra compania.

O tal pub? Chama-se 12th House e fica na rua ao lado da estacao de Notting Hill, logo antes da entrada da Portobello Road...

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Nao me leve a mal, hoje eh Carnaval!!!!

Sempre falo que nao ligo por nao estar no meio do Carnaval, que nunca gostei muito. Nao sei nao, acho que eh soh o meu lado ranzinza fingindo que estah falando mais alto. Desde quando uma criatura que nasce num sabado de carnaval nao vai gostar de bagunca? Eu quero eh todas!!!!!

Achei essa no Globo...

"Meu carnaval inesquecível

Em Marataíses, na praia noturna, sem viv'alma, o rapaz meio fantasiado pediu-me um cigarro. “Você não quis ficar no baile?” Pediu fósforo: “Ficar pra quê? Ela vinha esfriando desde o Rio. Hoje, entrou num cordão, se abrindo toda para um cara. Pra mim, já era”. O vento trazia a música e a letra: “Se você perdeu um alguém como eu/ alguém que você nunca, jamais esqueceu/ não chore nunca mais você vai ser feliz/ há sempre um outro alguém esperando você...”

Levantou-se. Deu-me um toque na mão: “Obrigado”. A música continuava: “Há um alguém, na multidão/ que vai te adorar com devoção/ há um alguém na solidão/ que vai te entregar com amor o seu coração”. Voltou-se para mim: “O senhor acha que é verdade, essa promessa, ou é coisa de compositor?” "

Ano que vem acho que vou pra casa no meu aniversario e aproveito para pegar Carnaval tambem... Soh o Brasil no Brasil mesmo... Nao podia ser mais perto?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A Blind Date


Segundo a Amy, esse é o unico "date" que temos tido ultimamente. Como discordar?  >>>

Ninguém no escritório hoje de novo, parece até sexta-feira - International "Working from home" day - mas tudo bem, como é Valentine's Day, a gente dá um desconto...

Mas que é um saco, isso é...






terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Happy birthday

Realmente a gente amadurece e muda... Ontem foi meu aniversario e eu sempre fui a rainha da festa, nunca deixei de comemorar e sempre fiz alguma coisa, ou varias coisas...

Do meu irmao eu recebi o email mais lindo que eu poderia querer. Senti meu irmao de volta. E Amy, que estava doente e ficou de cama por tanto tempo, me apareceu com um buque lindo de rosas amarelas.

Bem, por causa de todo o susto com as bombas semana passada eu acabei ficando meio cabreira e nao estava querendo saber muito de festa nao... Aih lah pela hora do almoco eu resolvi que queria sim, pelo menos um pint. Mandei um email e jah sabia que nao viria quase ninguem porque ingles nao eh de improviso, principalmente numa segunda-feira... Mas ateh entao o meu negocio era sossego mesmo... Chamei a Karla, vi que no Guanabara ia ter show da Luciana Melo - acho que no Brasil ela eh conhecida, ne? - tudo bem.

Fui pro bar, meu chefe tambem apareceu, pagou umas garrafas de vinho e foi embora. Eramos uns 5 na mesa, e de lah fomos para o Guanabara... Cade o sossego que eu andei falando que queria? Foi soh entrar, ouvir a musica tocar e nao consegui mais parar de sambar. Soh para dar uns goles na caipirinha mais cara e fajuta de Londres.

O show? Foi bem legal, nao vi comecar nem terminar, mas dancei de me acabar...

Cheguei em casa as 2:30 da manha, com os pes inchados e meio machucados, e algumas lagrimas, porque o que eu queria mesmo era estar em casa, no Brasil, com meus pais...

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Little update

Nossa, vieram me chamar agora para descer ao pub na hora do almoco. O Chairman da companhia vai pagar para todo mundo, para relaxar um pouco depois dessa semana terrivel que tivemos...

Pois eh, ingles tambem eh gente...

Visitas

No dia da bomba recebi uns e-mails e telefonemas de gente preocupada comigo, foi muito bom ver quem se preocupa de verdade. Meus amigos no Brasil nao tem como saber que eu estava no local da explosao, mas os que moram em Londres sabem onde eu trabalho e saiu nos jornais o dia inteiro. Really scary!

Maria tah no hospital recuperando da explosao. E Amy tah em casa com pneumonia... Todas duas estrangeiras, como eu, e sem familia por perto. Nao tem nada pior do que ficar doente longe da mae - bem, pelo menos pra mim - e apesar da Maria ter namorado aqui, a Amy nao tem ninguem alem dos amigos. Em todo caso, nessas horas os amigos tem obrigacao de ser familia tambem.

Bem, tenho tentado ser uma boa amiga e vou ao hospital sempre que posso e falo com a Amy pelo telefone toda hora mas, hoje com essa neve toda, nao sei bem o que fazer ainda, nao quero eu tambem acabar doente...

Maria tah reagindo muito bem, jah tah andando pelo hospital e a mao ta enfaixada mas nao deve perder os movimentos. Ficarao meio prejudicados, mas nao perdeu completamente, nada que uma fisioterapia nao ajude, gracas a Deus.

A Amy vai ter que esperar mais um dia pela visita e os presentes. Tah nevando demais e ela mora longe de mim, posso ficar presa no transito e acabar nao chegando em lugar nenhum. E tambem, me garantiram que nao, mas nao foi nenhum medico que me disse que pneumonia nao pega. Ateh confirmar, confeso que estou meio apreensiva de ir visita-la. Bem, se nao tiver neve amanha, vou de qualquer jeito, com medo ou sem.

Frio de verdade

Hoje tah nevando muito, um frio lah fora que me deixa de mau humor. Sai vestida com blusa termica (propria pra esqui), pullover de cashmere, pullover de la, blazer de la e um casaco de pele enorme - que eu chamo de Ursao - mais duas meia-calcas de la, bota forrada de pelo de carneiro, luva e boina de la. Bem, meu pe tah frio, minhas maos tambem, e eu meio que estou tremendo ha 1 hora, desde quando eu cheguei no escritorio. Sentiu meu drama? To esperando meu telefone carregar para tirar uma foto lah de fora. Tah frio mas tah tao bonito!!!! Dei ateh um sorriso quando estava no onibus vindo para o trabalho...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Explodiu

Pois eh, a bomba estourou, e agora? Soh pensava em evacuar o meu andar o mais rapido possivel - dever da brigada de incendio. Aliviada por terem soado falsos alarmes meses atras, o susto que eles me deram valeram mais do que 10 dias de treinamento.

Do terceiro andar saiu todo mundo, dei o meu report quando cheguei no terreo e sinal verde para tranca-lo. Jah tinha policia, ambulancia, corpo de bombeiros e tudo o mais do lado de fora do predio, mas ateh entao eu pensava que havia sido soh mais um alarme falso.

Quando chegamos todos no ponto de encontro fiquei procurando a minha amiga que distribui o correio e eh da brigada de incendio do segundo andar, nao a vi e comecei a ficar em panico. Aih a rua jah havia sido fechada, imprensa chegando e furduncio louco. Uma das minhas chefes veio dar a noticia: "Nada de panico, estah tudo sob controle. Maria abriu uma carta-bomba, machucou a mao e jah foi pro hospital na ambulancia, mas ela tah bem, saiu caminhando sozinha e nem chorou."

Eh, foi a minha cabeca que rodou, alem dela ser a minha melhor amiga no trabalho sou eu quem a substitui na distribuicao das cartas quando ela tah de folga... Minha cabeca tah num branco a quase 3 dias, nao sei nem o que penso.

Por favor, rezem por ela.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Paulo Coelho tambem eh cur-tu-ra...

Essa eu tirei da coluna dele com data do dia 26 de janeiro 2007. Longe de ser um dos meus escritores preferidos volta e meia ele acerta a mao nas historinhas. Identifiquei-me um bocado com essa aqui:

"A carpa aprende a crescer

A carpa japonesa ( koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros - mas pode atingir três vezes este tamanho, se colocada num lago.

Da mesma maneira, as pessoas tem a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual, e intelectual.

Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, ao invés de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano – mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa."

Faz sentido... Quando eu me atirei no "mar", eh tanta agua e tanta onda que eu tive que fazer muita forca para nao me afogar... Hoje o oceano eh a minha casa, onde eu fico a vontade e sei como nadar para nao me afogar...

Cresci com a minha mae dizendo que devemos sempre esperar a hora certa para fazer as coisas. Descobri que a hora certa eh quando resolvemos nos movimentar, nao eh um aviso do alem... Sabio ditado: "Quem muito espera, desespera."

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Exciting day

Mais um daqueles dias no escritorio: sao 3h da tarde e soh por estar aqui escrevendo este post jah dah para imaginar o quao ocupada estou...

Tem gente que pensa que tudo no exterior eh melhor. Nem de longe isso eh verdade, o quanto esses ingleses gostam de trabalhar eh impressionante! Eu sinto vergonha por eles, e posso dizer com firmeza, tem gente que me olha torto no escritorio porque eu trabalho demais... Se nao tem mais o que fazer, invento. Mas tudo tem um limite, tem hora que nem dah pra inventar mais nada, me sobram o blog, o fotolog, os jornais, os classificados de emprego...

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