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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mundo Afora Demais

Se voce é leitor de Vicky MundoAfora de longa data, sabe que essas histórias comecaram em Londres.  Passaram pela Itália algumas vezes de férias, e depois como "casa definitiva".  Voltaram para Londres e hoje se encontram no deserto dos EUA.  E os posts nao necessariamente seguem esta ordem.  Mundo afora mesmo! Ora, nem sempre eu tive computador a disposicao, vivi muita coisa surreal - no Brasil, na Inglaterra, na Itália - e as vezes com uns drinques a mais.  A intencao inicial era registrar essas situacoes inusitadas para poder rir melhor delas mais tarde.  Nem sempre foi possível.  Hoje com a vidinha calma que levo tenho muito tempo para ir me lembrando das coisas e registro o que posso e a memória deixa.

Londres será sempre a minha paixao, o amor geográfico da minha vida.  Se fosse uma pessoa eu teria casado com ela.  Um lugar que me faz feliz só de pensar em estar lá, ou do que vivi lá.  Sinto falta e vou sentir a vida inteira, o lugar onde eu era eu mesma todo o tempo, em tudo o que fazia, nas coisas que encontrava, nas experiencias que vivia.  Para saber quem sou eu basta olhar uma foto minha em Londres.  Qualquer uma.  Aquela sou eu, no lugar que meu coracao adotou.



A Itália foi um breve sonho que virou pesadelo e seguiu-se uma enorme frustracao.  Viver em estado de ópera é drama demais na vida de uma pessoa.  Serviu para me ensinar porque meus antepassados saíram de lá e nao queriam nem ouvir falar em Veneza depois.  Foi um hiato para mostrar que meu lugar é mesmo Londres.

EUA, bem aqui estou.  Casada e com a vida diferente.  Nao é mais o que eu quero, mas o que é certo para nós dois fazermos juntos.  A vida muda mesmo.  E eu gosto muito da minha vida de casada, nao importa se morando aqui ou na China.  Nunca quis vir nesse lugar, nem Disney de presente de 15 anos.  Nunca tirei visto ou tentei tirar visto para entrar aqui nem por 15 minutos.  E ouvir do agente de imigracao, quando fazia escala num voo para Londres, muitos anos atrás: "e por que voce nao tem visto para os EUA? Passaporte novo? Seu visto foi recusado quantas vezes?".  Minha mae me ensinou boa educacao e eu nao sou doida de discutir com agente de imigracao de país pouco confiável, portanto, respondi, nao o que queria, mas: "eu nunca quis entrar aqui, nunca pedi visto nenhum, estou indo para Londres."  Por dentro, bem Carlota Joaquina, bati muito bem os meus pés antes de entrar no aviao para a Europa.  E hoje, aff...  já faz um ano que estou morando no Novo México.  A vida MUDA!

Se vou para outro lugar ainda?  Nao dá para saber.  E também estou cansada, já estou saindo dos 30, chega de aventura agora.  Nao é mais só eu e a mochila, a bagagem é muuuuuito maior hoje, essas coisas tem que parar um dia.  E a gente tem que viver no lugar onde está, se adaptar com o ambiente novo, as pessoas diferentes e o email e telefone para amenizar a saudade dos que ficaram longe.  A gente se adapta e se acostuma sempre, querendo ou nao.  E o blog fica aqui para eu dar umas boas risadas de vez em quando.  É o caderno de memórias tecnológico.

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lapso de Conto de Fadas

O dia comecou na noite anterior quando a mamma aqui ficou acordada preparando sanduíches para o nosso piquenique na floresta.  O maridao reforcou: "Vamos sair de casa antes das 8".  Tudo bem. Domingo, 1:30 da tarde entramos no carro.  Eu, na maior felicidade maria-gasolina, 2horas e meia de estrada para chegar na floresta.  Adoro andar de carro.

Aqui é o deserto, certo? É, geograficamente falando, mas chegando na floresta, uma baita chuva. Alegria de quem nasceu no deserto é andar na chuva. Só que eu nasci em Niterói, no Rio de Janeiro mesmo, imagina a minha alegria... E piquenique na floresta é coisa de chapeuzinho vermelho. Mas essa aqui era a Chapeuzinho Amarelo mesmo.


Debaixo de toda aquela água, que a foto nao mostra, fiz um inocente comentário com o marido: "To com fome. Se nao estivesse chovendo a gente poderia ter trazido os sanduíches de atum para comer aqui."  E ele responde: "Atum aqui pode ser perigoso, é a comida preferida dos ursos."  "Gerald, QUE URSO?" "Nao te falei que aqui tem ursos? Mas eles nao ficam por aqui nao, ficam lá atrás."  Como ele nao me disse isso antes?  Nessa história nao era lobo mau, vovozinha e cacador?

Continuamos a trilha e vem uma família correndo para tirar fotos dos FILHOTES DE URSO que estavam brincando nas árvores a uns 50 metros da gente.  Ali eu já queria sair correndo.  Até que alguém aponta: "A mae tá ali naquela moita."  Fiquei histérica, com medo de sair correndo e atrair a atencao do bicho, e o Gerald na maior calma tira a máquina do bolso e quer continuar a trilha.  Os ursos seguem andando no meio do mato e vao na mesma direcao da trilha que o Gerald quer fazer.  Quando eu vejo a mae-urso sair do mato e pegar o mesmo caminho que a gente NA NOSSA DIRECAO eu nao vi mais nada, corri muito e sei lá do Gerald com a camera na mao.





Do jeito que as fotos sairam tremidas, nao adianta botar culpa na chuva sozinha.  O Gerald  que falou "estar acostumado a andar perto deles", acabou entrando junto comigo na casa da família urso da Cachinhos Dourados.  E eu é que nao queria saber se tinha mingau dando sopa, ou quem virava janta eramos nós.

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Londres Vista do Segundo Andar de Um Double Decker



Sao as várias idas e vindas de casa para a rua.  Battersea Bridge é quase onipresente!

O Double Decker é uma necessidade em Londres, muito mais tranquilo para andar pela cidade do que o metro,  que só utilizava para percorrer longas distancias.  Depois de passada a fase de chegar e se deslumbrar, só andava no fundo do onibus, no térreo mesmo - até porque de salto e carregando bolsa e sacolas de compras ficava meio complicado subir as escadas estreitas.  Um dia o maridao chegou a Londres, e o sossego da minha viagem de onibus se foi: ele só queria andar na parte de cima, na primeira fila.  Ó céus!

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Os 16 Piores Produtos de Farmácia

Clique em The 16 Worst Drugstore Makeup Products (em ingles), e lembre-se que a farmácia em questao é a americana.  A lista nao é minha, é do site Total Beauty, e serve como indicativo para quem vai viajar ou fazer encomendas para alguém que está com o passaporte nas maos. Vale lembrar que nao é por ser um produto importado que é melhor. Aqui fora existe muita porcaria também.

Onde moro hoje nem dá para usar muita maquiagem, o tempo é muito seco e quente nessa época do ano, e sempre me diverti mais cuidando da pele.  Eu sempre dei preferencia a hidratantes e esfoliantes do que as cores, e agora a situacao é ainda mais crítica: sair um dia na rua sem protetor solar é receita de desastre!

Tenho as minhas preferencias, mas nao cabe aqui ficar listando meus produtos, a nao ser que alguém com a pele igual a minha queira uma sugestao do que usar numa viagem.

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sábado, 7 de agosto de 2010

E a Barriguinha?

Ontem choveu granizo. Caiu uma tempestade no deserto. Acho que o céu estava chorando comigo.



Quase 3 meses, toda inchada e a barriguinha quase aparecendo (para outros, para mim ela já estava lá).  Perdi os bebes, fui ao hospital fazer curetagem. Difícil.

Hoje, depois de 1 semana a minha barriguinha está voltando ao normal. Eba!

Eba? Hmpf! Eba nada.  Eu tava gostando daquela barriguinha, mesmo com todo o mal-estar que veio com ela.  É, to chorando mesmo.



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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Melhor Tutorial de Make Up

Sorry, guys, but this one is in English.

De todos os tutoriais de maquiagem que habitam o You Tube, nenhum consegue ser melhor do que os dessa garota, a Gloria Shuri Nava.  



Em homenagem a todos aqueles que se levam a sério demais.  Pensam que ninguém repara?  People are watching you!

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domingo, 1 de agosto de 2010

Tirando Esmalte

Desde a primeira vez que vi um porta-acetona com a minha manicure querida em Londres, a Graca, eu fiquei louca por um.  Chegando nos EUA e constatando a pobreza da Walgreens se comparada com a Boots, fui procurar o que poderia ser uma compra razoável para me reanimar depois do baque no meu "espírito consumista".  E achei um removedor sem acetona, da marca Cutex, no queridinho pote que me deixou apaixonada em Londres.




Há anos nao uso acetona, culpa da minha mae que sempre usou um tal Cutex - na época, nome do produto em si, uma substancia oleosa amarela, acondicionada em vidro, de cheiro horroroso, que tirava o esmalte com perfeicao.  Isso por volta de 1978.  Na Inglaterra, em 1998, constatei que Cutex é a marca de uma linha de  removedores de esmalte e inclui acetona.  E tal marca também vende nos EUA.  Logo, foi esse que eu comprei, mais exatamente o Cutex One-Touch Pump Non-Acetone.  Funciona razoavelmente, uso mais para retocar os cantinhos.  Gosto mesmo é da praticidade da válvula, nao faz bagunca, e deixa uma "pocinha" para ir molhando o palitinho com algodao.  Para remover tudo eu uso o outro pote, o gordinho da Studio 35, que tem uma esponja dentro, e remove tudo sem encher o saco e nem perder muito tempo.  Esse sim, eu adoro!



Procurando por coisas mais interessantes no eBay, eu também acabei encontrando um porta-acetona da OPI que tem uma tampa de metal, e esse eu achei legal para levar para minha mae.

Vai chegando essa época do ano e eu só consigo pensar no que levar para casa, no que minha mae vai gostar, e o mais difícil, o que ela vai usar.  Já está na hora de voltar, mais de um ano por aqui sem ir em casa nao dá nao.  Eu só nao sei se vou acostumar a ir a manicure de novo.  Fazendo eu mesma, uso lixa de cristal que nao danifica as minhas unhas delicadas, lixo numa direcao só, e nao tiro as cutículas (essa parte ainda preciso aperfeicoar).  A pintura ainda fica meio borrocada, mas eu chego lá.  Minhas duas últimas tentativas também nao foram das piores, olha os resultados:

Senorita Rose-Alita, da OPI, no dia que pintei,


e Chocolate, da Colorama, na foto já com 5 dias de pintado - e fiz com pressa nas vésperas de ir para o hospital, só para nao ficar com a moral muito baixa:


Acho que estou aprendendo!!!  Ainda chego lá!
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