Passei metade do ano esperando a hora de voltar para casa (casa é o conceito mais fluido da minha vida nos últimos anos). Enfim, para o canto da minha mãe em Niterói. Não via a hora de chegar e correr para a praia, já que o meu bronze Europa não deixa mentir: a molecada na rua vem me pedir esmola em inglês, e o meu xingamento sai em baixíssimo português mesmo.
Cheguei no aeroporto me despindo das várias camadas de blusas, casacos, cachecóis, meias. Só queria um banho gelado e minha cama (será que ainda posso chamar de minha?). Mas no dia seguinte precisei do guarda-chuva, e da calca jeans, meus tênis e, para desespero total da minha mãe, pedi uma coberta para dormir, levantando de madrugada para pegar mais um cobertor no armário porque estava morrendo de frio.
E agora estou aqui, escrevendo, enquanto a Velox me permite, vestindo lã e calca comprida. É dezembro, será que a Air France me trouxe mesmo para o Rio de Janeiro?
Publicado no GO em 15/12/2008 - 11h59m
Cheguei no aeroporto me despindo das várias camadas de blusas, casacos, cachecóis, meias. Só queria um banho gelado e minha cama (será que ainda posso chamar de minha?). Mas no dia seguinte precisei do guarda-chuva, e da calca jeans, meus tênis e, para desespero total da minha mãe, pedi uma coberta para dormir, levantando de madrugada para pegar mais um cobertor no armário porque estava morrendo de frio.
E agora estou aqui, escrevendo, enquanto a Velox me permite, vestindo lã e calca comprida. É dezembro, será que a Air France me trouxe mesmo para o Rio de Janeiro?
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